domingo, 8 de fevereiro de 2009

De corpo e alma - Caio César Boschi


01/02/2008

Ele bem poderia merecer o título de “Fazendeiro do ar”, do poema de Carlos Drummond de Andrade. Suas mãos lavraram caminhos para que gerações de historiadores encontrassem os documentos certos, as melhores pistas e os segredos escondidos nos arquivos e bibliotecas brasileiros e portugueses. E dos seus sonhos brotou a face comprometida, organizada, combativa que a disciplina da História tem hoje no país.

Professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais, escreveu Os leigos e o poder, obra clássica para se compreender a religiosidade no Brasil Colônia por meio das irmandades em Minas Gerais. Sua vivência em Portugal leva-o a produzir roteiros de pesquisa e o aproxima do projeto da Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa. E se decepciona com os rumos que a idéia da “Universidade dos Sete” tomou: “o Brasil perdeu vergonhosamente uma liderança” e a chance de se aproximar da África.

Quem encontra Caio Boschi será enganado pela sua modéstia exagerada, difícil de driblar. Dizem por aí que ele conhece como poucos os bons vinhos portugueses. Não é tarefa fácil revelá-lo. Por isso, a Revista de História da Biblioteca Nacional resolveu colher seu depoimento em um ambiente onde qualquer mineiro se sente bem: em sua casa, cercado pelo vai-e-vem da família e diante de uma mesa farta. Livre de compromissos nas universidades em que hoje leciona, a PUC-Minas e a Universidade do Porto, em um fim de tarde chuvoso de Belo Horizonte, esse “mineiro com defeito de fabricação” desfiou marcas de um campo que ele ajudou a cultivar. (...)

REVISTA DE HISTÓRIA Como é ensinar História do Brasil em Portugal, no coração da antiga metrópole?
CAIO BOSCHI Viajei para Portugal pela primeira vez no início de 1972, e lá permaneci por seis meses. Voltei outras vezes. A partir de 1990, fui convidado para lecionar no curso de Mestrado em História e Cultura do Brasil da Universidade de Lisboa. Desde 1998 estou na Universidade do Porto, mas só no nível da graduação, dividindo a carga horária com uma professora dos quadros da Faculdade de Letras. Devo dizer que é uma experiência extremamente prazerosa. Quando sou apresentado a uma nova turma, costumo ironizar: “Bom, vamos ver a versão da História do Brasil por um brasileiro”. O que é uma maneira provocativa de dizer: “Agora vamos analisar a História do Brasil pela ótica de um colonizado”.

RH Os estudantes portugueses se interessam pela História do Brasil?
CB Sim, a idéia de colonização em Portugal ainda é muito presente. Mas as coisas estão mudando. A História do Brasil, até alguns anos atrás, era disciplina obrigatória no currículo. Hoje é optativa. Acredito que isto seja reflexo do chamado Protocolo de Bolonha. Com a diminuição da duração dos cursos de graduação para três anos, algumas disciplinas tiveram redução de carga horária, outras foram retiradas, modificando fortemente o ensino. Não vejo isso com desalento. Quanto à História do Brasil, a recíproca é verdadeira. Praticamente não temos, nas nossas universidades, a disciplinas de História de Portugal. Quando muito, leciona-se Civilização Ibérica. Creio que os portugueses têm até cultivado mais a disciplina História do Brasil do que nós a História deles.

RH Que lugares de Portugal os brasileiros não deveriam deixar de conhecer?
CB É muito difícil optar. O país é todo ele encantador! Mas, para não ser evasivo, diria que a Extremadura, incluindo Lisboa, as Beiras, a região do Douro, o Minho e Trás-os-Montes seriam as áreas que mais nos impressionam do ponto de vista cultural e histórico, pois é nelas que se encontra grande parte das nossas raízes, e onde podemos identificar maiores afinidades e traços civilizacionais luso-brasileiros. Para Minas Gerais, então, essas características são flagrantes. Além disso, em se tratando de pesquisas históricas, é nestas regiões que estão sediados os principais acervos arquivísticos e bibliográficos.

RH Há exemplos dessa troca cultural?
CB No caso do urbanismo isso é muito patente, haja vista o grande impacto que os portugueses têm quando visitam as antigas vilas e arraiais de Minas Gerais. Por exemplo, compare-se Ouro Preto com a cidade de Guimarães, no norte de Portugal. Na arquitetura, a troca também é verdadeira: seja nas casas senhoriais, seja nas edificações religiosas que lá estão e que tanto se refletiram nas nossas construções civis e, sobretudo, religiosas. Sem esquecer que artistas e artífices beirões, minhotos e trasmontanos que aqui estiveram, ao regressarem às suas terras, expressaram em suas obras as suas vivências na colônia. Em termos de culinária, há uma herança direta entre o uso da couve nortenha e aquela que tanto admiramos aqui em Minas.

RH Embora seja um historiador do mundo, o senhor foi criado em Belo Horizonte. Como foi sua juventude nesta cidade?
CB Minha relação com Belo Horizonte é bastante vincada. Existe aquela blague muito conhecida, que era sempre mencionada pelo saudoso professor Francisco Iglésias, de que só os mineiros com defeito de fabricação não emigram. Como tenho vários defeitos, certamente também eles me impedem de sair daqui. Cultivo o ensinamento de Leon Tolstoi (1828-1910) no seu incontornável Guerra e Paz, de que, para alcançar o conhecimento do universal, devemos partir da compreensão da realidade local. Venho de uma família italiana bem tradicional. Morávamos todos numa grande vila, ao estilo italiano. Sendo o mais velho de 17 netos, era natural que fosse eu o capo di capi, fadado a dar continuidade aos negócios da família, que se resumiam basicamente à Padaria Boschi, que de alguma maneira marcou um pouco a história de Belo Horizonte. Porém, minha escolha profissional foi outra.

RH Deixou de fazer pães para fabricar histórias?
CB No momento em que anunciei ao meu pai que ia fazer um curso de História, sua reação foi negativa. Depois ele teve muito orgulho dessa minha opção, mas no começo foi um pouco desastroso. Acho que o marco foi mesmo a decisão de estudar no Colégio Municipal de Belo Horizonte, contra a vontade de meu pai, que preferia o meu ingresso no Colégio Militar. Consegui convencê-lo, e a opção não poderia ter sido mais acertada. Ela foi decisiva, não só para a minha formação profissional, como para minha formação como cidadão, em termos de consciência crítica, de liberdade e de participação em movimentos sociais. Estudei no Colégio Municipal entre 1958 e 1965. O movimento estudantil era muito vigoroso, fiz parte do diretório estudantil, e tudo isso me levou a optar pelo curso superior de História, no qual ingressei em 1966, na UFMG.

RH E nunca se arrependeu...
CB Não; desde o primeiro semestre me encantei com o curso, em especial com a disciplina de Introdução aos Estudos Históricos. Não havia estágios obrigatórios, mas à tarde eu acompanhava um dos professores da disciplina, Nelson de Moura, nas suas pesquisas no Arquivo Público Mineiro, começando a tatear noções de paleografia. Noções essas que foram fundamentais para mim, pois na década de 1980 o CNPq destinou-me auxílio financeiro para fazer a organização dos documentos avulsos sobre Minas Gerais depositados no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa. Anos depois, este trabalho foi tido como embrião do Projeto Resgate, do qual também participei, coordenando as equipes que fizeram idêntico trabalho para as capitanias do Maranhão, do Pará e do Rio Negro.

RH O estágio no Arquivo Público Mineiro foi o início de sua carreira de pesquisador?
CB Sim, mas com o tempo percebi que aquilo ali era muito insuficiente. Quase nada. Por outro lado, imaginava, àquela altura, que era possível separar o professor do pesquisador. Depois entendi que não, que o ensino e a pesquisa são indissociáveis. Não posso transmitir aquilo que não sei fazer, exceto se quiser ficar condenado a reproduzir – e nem sempre acertadamente – conhecimentos de terceiros. O importante para mim era entrar de corpo e alma na pesquisa, na elaboração do conhecimento. Por isso me bati pela inclusão de outras disciplinas que pudessem sedimentar um pouco mais a formação.

RH Quando começou a dar aulas?
CB Em 1964. Logo depois que me formei, fui convidado para lecionar na atual PUC-Minas, e depois na UFMG. Na Católica, consegui introduzir e ministrar disciplinas como Metodologia da História, Historiografia Brasileira, Historiografia Contemporânea, Técnicas de Trabalho Histórico. Esse é um momento que relembro com carinho. Um período fértil, mas também politicamente complicado. O fato de ter sido um dos responsáveis, no início dos anos 70, pela reativação do Núcleo da Anpuh (Associação Nacional de História) em Minas Gerais significou para mim um compromisso tácito, explícito, com o ensino de História. O combate que a Anpuh travou contra os cursos de Estudos Sociais e as licenciaturas curtas acabaria resultando no meu afastamento do magistério na PUC. Aliás, não foi nem afastamento, pois o curso de História simplesmente deixou de existir por alguns anos.

RH Como foi essa briga?
CB O que houve foi um ato de violência, mais um golpe que os governos militares perpetraram contra o ensino. Decidiram fundir numa só disciplina, chamada Estudos Sociais, os conteúdos desenvolvidos em quatro: História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Os Estudos Sociais se subdividiam em outras disciplinas: OSPB, ou seja, Organização Social e Política Brasileira, Educação Moral e Cívica e EPB, Estudos de Problemas Brasileiros. A medida contrariava todo e qualquer postulado, fosse ele de cunho pedagógico, ontológico, filosófico, epistemológico. Na PUC-Minas, o Departamento de História passou a ser então Departamento de Estudos Sociais, e a instituição optou pelas licenciaturas curtas. Como me rebelei contra isso, acabei transferido para o setor de extensão da universidade. O que me fez muito bem, pois me permitiu, em 1974, participar da equipe criadora do Prepes, conjunto de cursos de pós-graduação lato sensu que logo se tornou conhecido em todo o país, tendo especializado mais de 20 mil professores.

RH Como resolveu estudar as irmandades mineiras?
CB Fui para Portugal por sugestão de um professor holandês, José van den Besselaar. Tinha que apresentar um projeto para me habilitar a uma bolsa do governo português. A professora Norma de Góis Monteiro havia me dado informações e me sugeriu estudar os compromissos das irmandades mineiras coloniais guardados no Arquivo Histórico Ultramarino. Os compromissos são os regimentos, os estatutos, as ordenações que regem a vida interna das irmandades, das ordens terceiras e das confrarias. Minha intenção era fazer uma análise comparativa entre as irmandades portuguesas e as brasileiras, mas logo me dei conta de que aquele era um projeto inviável. Os textos dos compromissos têm caráter normativo, com pouca diversidade de conteúdo. Resolvi, então, estudar a questão social, ou seja, os grupos sociais formadores das irmandades mineiras, opondo-os aos daqueles de Portugal, pois na colônia havia um traço distintivo essencial, que era a escravidão.

RH Uma análise de história social num momento marcado pelos estudos de economia, pelo marxismo...
CB Na ocasião em que fiz meu curso de História, e após, no Doutorado, li Althusser, Gramsci, leituras que se mostraram como modismo, mas que foram decisivas para que pudesse analisar as irmandades como aparelho do Estado. Tais leituras estão presentes, de alguma maneira, no próprio título do livro que publiquei a respeito: Os leigos e o poder, ou claramente no subtítulo: irmandades leigas e política colonizadora em Minas Gerais. Quer dizer, a tentativa de entender as irmandades na política colonizadora, em sua relação com o Estado português. Avalio que o livro, se tem algum mérito, talvez seja o de agregar ao texto uma série de indicações, de dados, de anexos documentais que permitem, mesmo àqueles que discordam, um universo informativo. Sempre defendi que o trabalho intelectual, tanto quanto resolver questões, tem que levantar questões, problematizar e oferecer fontes. O saber tem que ser socializado. É preciso que os historiadores democratizem os resultados que tiveram e que explicitem questões que não conseguiram deslindar e que seus textos sejam destinados ao público não especializado.

RH O que o levou a escrever a biografia de José João Teixeira Coelho, autor da Instrução para o Governo da Capitania de Minas Gerais?
CB Minha paixão por esta obra e pelo seu autor é antiga, remonta ao meu curso de História. Quando fiz concurso para professor titular na UFMG, em 1991, uma das provas era de erudição. Como o tema era livre, não tive dúvida em escolher a Instrução e seu autor para analisar. Entre os examinadores estavam os professores Fernando Novais e Francisco Falcon, que me disseram: “Olha, você então fica comprometido a nos fazer a biografia desse personagem”. Tratava-se de importante funcionário da Coroa portuguesa em Minas, e quase nada se sabia dele. José João Teixeira nasceu em Monção, vila fronteiriça e pouca expressiva do norte de Portugal. Veio para o Brasil como magistrado e exerceu durante quase onze anos a Intendência do Ouro em Vila Rica. Nas minhas pesquisas, não vivi apenas a aventura de acompanhar a trajetória de um indivíduo, mas, principalmente, a de analisar a atuação de um representante da administração fazendária no interior de uma capitania central para o Império português. No fundo, além da biografia, busquei estudar relações de poder, tentando contribuir para os trabalhos que se vêm realizando sobre a história das instituições do Império português.

RH É difícil para os historiadores fazer biografias?
CB Certamente. Quanto a mim, não tinha experiência nisso. Embora árduo, foi um trabalho apaixonante. Quanto mais procurava por José João Teixeira Coelho, mais ele insistia em se esconder de mim. Tive que desenvolver uma atividade de detetive, sair no encalço de um indivíduo que não se revela pelo nome, que troca e trunca o próprio nome, que não teve trajetória muito retilínea e que, como disse, está a toda hora se recolhendo. Seu nome aparece grafado de forma diferente em vários arquivos que consultei. No da Casa de Bragança, em Vila Viçosa, por exemplo, ele surge como José João Teixeira de Barros. Outro desafio foi buscar quais seriam as relações de amizade e de parentesco que levaram alguém saído de uma vila tão modesta, como era Monção, a ser guindado a cargo tão elevado na administração colonial. Foi isso, aliás, e principalmente, que aguçou minha curiosidade.

RH Sua atuação na origem da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a CPLP, foi um desafio ainda maior?
CB Foi uma participação pequena. Tomei conhecimento da concepção da CPLP por obra e graça do saudoso e muito querido embaixador José Aparecido de Oliveira quando estava em Portugal, em 1993. Fui chamado para conversar, e ele me explicou em linhas bem gerais o propósito de a Embaixada do Brasil em Lisboa ser uma espécie de base operacional para a gestação de um organismo que abrigaria os sete países de expressão oficial portuguesa. O embaixador Aparecido me fez uma explanação rápida e disse logo: “dentre as vertentes da futura CPLP, uma é a área da Educação. Tenho como idéia que é preciso que os parceiros africanos e o próprio governo português concordem com o propósito de se criar uma universidade que unifique os sete países”. Ponderei sobre a possibilidade de se privilegiar a educação à distância como vetor básico da instituição que seria chamada de Universidade dos Sete, e que atuaria essencialmente a partir de programas e de projetos, porém ficamos apenas no esboço desta proposta.

RH Quais eram os sete países?
CB Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Portugal e Brasil.

RH Anos depois, a consolidação da Comunidade Européia afundou esse projeto?
CB Não, eu não creio que tenha sido a União Européia. Atribuo o insucesso do projeto à má condução do processo de formação e de finalização institucional da CPLP. Lamentavelmente, por divergências políticas, o embaixador José Aparecido, no final de 1994, foi alijado da empreitada pela qual tanto lutara. Como é sabido, a CPLP se institucionalizou. Porém, fora dos padrões que o embaixador tinha pensado. E mais, o Brasil perdeu vergonhosamente uma liderança que adquirira ao capitanear a idéia. O governo Fernando Henrique (1995-1998) abdicou de todo do elã inicial e fazer dessa instituição um veículo para maior aproximação nossa com a África.

RH Como surgiu a idéia de elaborar um guia de documentos sobre o Brasil existentes em Portugal?
CB Foi um desafio lançado pelo professor Borges de Macedo, uma das pessoas que mais me influenciaram e com quem muito aprendi. Ele foi orientador de minhas atividades em Portugal, em 1972. Num dado momento, expus-lhe minhas dificuldades na consulta dos acervos arquivísticos. Solicitei-lhe uma espécie de guia, um roteiro desses arquivos. Ele me respondeu: “não dou porque não existe... o senhor é que o faça”. E assim elaborei o Roteiro - sumário de Arquivos Portugueses de Interesse para o Pesquisador da História do Brasil.

RH O que mais o surpreendeu?
CB A minha grata surpresa foi encontrar dentro, e principalmente fora de Lisboa, acervos muito ricos, não só em arquivos públicos, mas em arquivos privados. Um exemplo destes últimos é o da Casa da Ínsua, pertencente aos herdeiros da família de dois importantes governadores do Mato Grosso, Luís e João de Melo Pereira de Albuquerque e Cáceres, que abriga extraordinária cartografia do período colonial brasileiro. Estes arquivos, pouco compulsados, são simplesmente notáveis.

RH O que os historiadores mineiros acrescentaram de novo à historiografia brasileira?
CB Costumo ouvir, e às vezes com uma carga de ironia, que os mineiros só produzem historiografia regional. Não tenho desdouro por isso e não creio que seja um pecado. Acho que Minas inova nessa dimensão: ao tratar de temas específicos, ousa nas formas interpretativas e em abordagens que extrapolam o seu universo físico, geográfico ou temático. Há certa ousadia em propor que os temas mineiros possam ser extrapolados, servindo de parâmetro ou de subsídio para a compreensão de universos outros que não sejam os das Minas Gerais.

RH Isso é diferente das outras regiões do Brasil?
CB Acredito que sim. O mineiro é, essencialmente, alguém que pensa e vive historicamente, e isso muito no sentido da utilidade da História. Não vemos a História a partir de uma perspectiva determinista, mas como ela pode orientar e dar sentido às nossas vidas, até para o exercício da cidadania. É diferente de outros lugares onde a História, por exemplo, é tida como forma de exaltação do ethos local, postura que quase sempre resvala para o folclórico. O culto à História é muito arraigado entre os mineiros. Em Minas, a História é quase uma maneira de ser, uma forma de se procurar entender o mundo. Daí, possivelmente – sem querer ser um mineiro típico, que, aliás, não sou –, essa minha paixão incomensurável pela opção profissional que fiz.

Saiba Mais - Verbetes:

Protocolo de Bolonha
Declaração assinada em 1999 pelos países-membros da União Européia, na qual se comprometem a implantar até 2010 a compatibilidade plena entre seus sistemas universitários, alinhando-os quanto à estrutura e a duração dos cursos de graduação e pós-graduação.

Louis Althusser (1918-1990)
Filósofo marxista francês, filiou-se ao Partido Comunista francês em 1948, e no mesmo ano tornou-se professor da École Normale Supérieure de Paris. Conhecido como um teórico das ideologias, seu ensaio mais célebre é Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado.

Antonio Gramsci (1891- 1937)
Jornalista, filósofo e cientista político italiano, um dos fundadores do Partido Comunista italiano, em 1921. Condenado a vinte anos de prisão em 1927 pelo regime fascista, escreveu seus Cadernos do cárcere na reclusão, onde morreu por causa de sua saúde frágil.

José Aparecido de Oliveira (1929-2007)
Político mineiro, foi secretário de Jânio Quadros, governador do Distrito Federal e ministro no governo Sarney. Embaixador em Portugal, foi um dos principais formuladores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Jorge Borges de Macedo (1921-1996)
Historiador portugûes, foi professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e diretor do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo. Em suas obras, refletiu sobre Portugal e suas relações com o continente europeu.

Casa da Ínsua
Localizada na vila portuguesa de Penalva do Castelo, pertencia a Pedro de Albuquerque e Castro, fidalgo da casa real, e sua mulher, Maria de Andrade. Ampliada no século XVIII por um descendente com o dinheiro que trouxe do Brasil, tornou-se um dos solares mais imponentes da região da Beira.

Francisco Iglésias (1923-1999)
Historiador mineiro, foi professor da UFMG, onde ensinou História Econômica Geral e do Brasil. Entre os seus livros destaca-se Historiadores do Brasil, uma análise do trabalho dos historiadores do país desde o início da colonização.

José van den Besselaar (1916-1991)
Filólogo e historiador holandês, professor da Universidade Católica de Nijmegen (Holanda), foi autor de uma interessante produção sobre temas ligados à história luso-brasileira, como o padre Vieira e Maurício de Nassau.

Saiba Mais - Obras do autor:

Os leigos e o poder: irmandades leigas e política colonizadora em Minas Gerais. São Paulo: Ática, 1986.

Barroco Mineiro: artes e trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1988.

Roteiro-sumário dos arquivos portugueses de interesse para o pesquisador da História do Brasil. 2a ed. Lisboa/Portugal: Edições Universitárias Lusófonas, 1995.

Inventário dos manuscritos avulsos relativos a Minas Gerais existentes no Arquivo Histórico Ultramarino. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 3 vol.

Fontes primárias para a História de Minas Gerais em Portugal. 2a ed. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. 193 p.

Por que estudar História? São Paulo: Ática, 2007.

Instrução para o governo da capitania de Minas Gerais (1782), de José João Teixeira Coelho. Transcrição e estudo crítico de Caio César Boschi. Belo Horizonte: SEC/Arquivo Público Mineiro/Instituto Histórico e Geog

Revista de História da Biblioteca Nacional

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