quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Laura de Mello e Souza - História como desenho


Laura de Mello e Souza
História como desenho

História é, antes de tudo, diversão. A receita soa simples, quase amadora, mas vem de uma das mais respeitadas historiadoras do país. Eis o segredo de Laura de Mello e Souza para manter sempre fresca a sua maior paixão.

Paixão com marca familiar. Filha de Antonio Candido e Gilda de Mello e Souza, intelectuais consagrados, ela também guarda na lembrança a presença em casa de amigos como Sérgio Buarque de Holanda e Florestan Fernandes.

“Desde pequena”, diz ela, “a palavra ‘faculdade’ era sinônimo de trabalho”. Quando menina, no entanto, gostava mesmo era de desenhar. E desenhava bem, a ponto de se imaginar arquiteta – o que, para o bem da historiografia, não durou muito tempo. Laura foi se divertir pelos caminhos dos arquivos, seguindo as pistas da feitiçaria, dos marginais, dos governadores da Colônia. Embora seja autora de trabalhos de referência, ela não se considera especialista: “Não conheço nada profundamente”.

Também não se vê na obrigação de dizer novidades. Pelo contrário: reafirma o caráter provisório do conhecimento histórico e chama atenção para os modismos. Ao receber a RHBN em sua casa com a elegância que a precede, ela falou sobre a difícil sina do pesquisador brasileiro, que precisa pensar o particular e o geral, ler os clássicos e conhecer as histórias indígena, africana, europeia e latino-americana. “O Brasil é um país complicadíssimo. É mais fácil estudar Luxemburgo”. Mas não tão divertido...

REVISTA DE HISTÓRIA A senhora sempre se interessou por História?

LAURA DE MELLO E SOUZA Sim. Eu sempre gostei muito de História. Era a matéria em que eu me saía melhor na escola. História, Geografia, Português e Desenho, mas principalmente História. Fui uma leitora voraz de tudo quanto é romance histórico que você pode imaginar, sobretudo Alexandre Dumas. Ele teve uma influência enorme na minha vocação de historiadora.

RH O ambiente familiar também conspirava a favor?

LMS Com certeza. Cresci num ambiente muito impregnado pelas Ciências Humanas. Meus pais [Antonio Candido e Gilda de Mello e Souza] eram professores da Faculdade de Filosofia da USP, pertenceram às primeiras turmas. Para mim, desde pequena, a palavra “faculdade” era sinônimo de trabalho, de emprego. E sempre gostei muito de ler e escrever. Gostava muito de desenhar também. Aliás, gosto até hoje, mas, com o tempo, perdi a prática, perdi a mão.

RH Antes de se decidir pela História, chegou a flertar com outras áreas?

LMS Sim. Quando chegou a hora de escolher o que fazer, tive muitas dúvidas. Pensei em fazer Arquitetura; afinal, gostava muito de desenhar: mapas com cidades e rios, casas com suas salas e quartos. Pensei também em fazer Psicologia ou Medicina. Pertenço a uma família de muitos médicos. Meu avô paterno era médico e um humanista, leitor de Filosofia, Literatura e História: tenho livros que foram dele, como as obras de Oliveira Martins. Acabei me preparando para cursar Ciências Biológicas – que era essa a divisão do vestibular na época.

RH Como seus pais reagiram quando a senhora decidiu estudar História?

LMS Eles ficaram meio apreensivos. Estávamos em plena ditadura militar e a situação da USP era complicadíssima, sobretudo nas Humanidades. A polícia chegava a invadir as salas. Minha mãe foi chefe do Departamento de Filosofia em um momento terrível, tendo sofrido intimidações. Hoje, o curso de História é incomparavelmente melhor do que o que eu fiz. Era um curso muito deficiente. Havia muitos assuntos de que não se podia falar. Tudo o que dizia respeito ao marxismo, à historiografia marxista, era tabu.

RH Qual a importância do Sérgio Buarque de Holanda na sua formação?

LMS Ele não foi meu professor, mas convivi bastante com o Sérgio. Ele fazia parte do meu círculo familiar e é uma das figuras mais presentes na minha memória infantil. Só muito depois, quando comecei a me interessar por História, é que passei a conversar com ele sobre assuntos mais sérios. Foi quando pude realmente aproveitar as coisas que ele dizia. Isso durou menos de dez anos, pois ele morreu em 1982.

RH Tinha terminado o mestrado pouco antes?

LMS Isso, terminei em 80. Cheguei a levar minha dissertação para ele ler, mas não sei se deu tempo. O Sérgio conversou bastante comigo sobre Desclassificados do Ouro. Ele achava uma pesquisa muito difícil, não foi muito entusiástico, não. Ainda assim, me falou sobre o Iguatemi e me indicou a leitura do Teixeira Coelho, citando uma passagem que viraria o farol da minha pesquisa: “Os vadios são o ódio de todas as nações civilizadas, e contra eles se tem muitas vezes legislado”. Ou seja, ele teve, sim, muita importância pra mim. Sem contar a leitura de Visão do Paraíso, uma das maiores revelações que tive na minha vida, um livro que releio sempre, e a cada vez entendo um novo aspecto. Acho-o um marco da história cultural, e a única abordagem da nossa formação neste sentido. Um livro difícil; não acho que o problema principal seja a construção do Brasil como um espaço edênico, mas a reflexão, desencantada, sobre o modelo de colonização português. Um livro muito próximo, portanto, de Raízes do Brasil, mas numa linguagem e com roupa de historiador, e eruditíssimo.

RH Sua obra se alimenta dessa relação com os clássicos?

LMS Claro. Outro dia, uma pessoa próxima me disse uma coisa muito interessante, que eu lido relativamente bem com a questão da autoridade. Não com a minha autoridade sobre os outros, mas com a dos outros sobre mim. Por autoridade não se entenda, obviamente, autoritarismo (que eu odeio, aliás). Acho que daí deriva uma certa reverência que tenho ante os clássicos. Não preciso matá-los para me afirmar. Nunca tive como preocupação primeira dizer novidades, ao contrário do que ocorre hoje entre muitos historiadores daqui e de outros lugares.

RH Como a historiografia se relaciona com os clássicos?

LMS A produção acadêmica no Brasil é ótima, muito melhor do que quando entrei na universidade. Mas vejo um risco muito grande em certa fragmentação. Os clássicos são tomados apenas em aspectos muito particulares e repudiados nas avaliações mais gerais. Há uma tendência de querer dizer novidades. O grande engodo é achar que para dizer algo novo seria preciso liquidar com o que veio antes. Por autores clássicos estamos aqui tomando aqueles que formaram o pensamento brasileiro, e, no nosso caso, no campo da historiografia, sobretudo Varnhagen, Joaquim Norberto, Capistrano, Oliveira Lima, Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre, etc.

RH Há uma tendência de dizer as mesmas coisas com outros nomes?

LMS No geral, sim, daí ter que tomar cuidado. Cada época vai escrever História da sua maneira. Os jovens lidam mal com o que veio antes. Eles querem afirmar sua posição diante do mundo, o que é muito justo e legítimo, mas é preciso tomar cuidado com os modismos. Quanto mais modismo se utiliza, mais datado o trabalho fica. Tomemos Raízes do Brasil, do Sérgio Buarque de Holanda: ainda hoje é um trabalho maravilhoso. Tem coisas ali que são insuperáveis, mas é, obviamente, um trabalho escrito na década de 1930, com uma série de limitações e condicionamentos. A gente tem que recuperar o insuperável e deixar para segundo plano as limitações...

RH Ainda sobre os clássicos, como vê o interesse renovado pelo Gilberto Freyre?

LMS Isso é curioso. Acho que foi a minha geração que trouxe de volta o Gilberto Freyre. Ele é um autor extraordinário, mas sua obra acabou contaminada por suas atitudes políticas muito discutíveis, para dizer o mínimo. Por isso era malvisto entre os jovens universitários do meu tempo. Eu li minuciosamente Casa Grande & Senzala no doutorado. Fiquei completamente fascinada com a originalidade e o pioneirismo dele. Acho que está muito em voga hoje porque as tendências chegaram onde ele estava. Do ponto de vista da produção acadêmica, é um dos maiores do Brasil. Do ponto de vista humano, é mais complicado, mas acho que não vale a pena entrar nesse campo.

RH E a sua própria geração também a influenciou?

LMS Muito. Nenhuma carreira é uma carreira solo. Pertenço a uma geração que teve um papel importante na historiografia brasileira. Fui muito influenciada pelos trabalhos do Ronaldo Vainfas, do Luiz Mott, da Leila Algranti, do Hilário Franco Júnior, da Sílvia Lara, do João Reis. Recentemente, a leitura do livro Napoleão Bonaparte: imaginário e política em Portugal (2008), da Lúcia Bastos Pereira das Neves, deu uma virada na minha vida. Os alunos também influenciam a gente. Examinei um trabalho de mestrado da Raquel Stoiani, “Da espada à águia” (2007), que também me ajudou a reequacionar meus interesses de pesquisadora. Acabei me envolvendo com uma pesquisa sobre as Guerras Napoleônicas, que não eram meu assunto. O historiador tem que estar de olhos e ouvidos abertos o tempo todo, porque tudo pode influenciar.

RH Suas pesquisas são bem planejadas ou há espaço para o imprevisto?

LMS Desclassificados do ouro é o meu trabalho mais bem planejado. Fiz aquilo a que me propus desde o início. Era a minha maneira de intervir em um momento muito difícil da vida política brasileira. Eu não tinha nenhuma participação política, e sentia muita culpa por conta disso. Então, achava que tinha de falar do problema da desigualdade, da pobreza, da má distribuição de renda e da violência social. Foi o que fiz. Mas meus outros trabalhos surgiram meio por acaso. Na época do doutorado, eu andei meio perdida. Foi meu orientador, o Fernando Novais, quem me deu a sugestão de trabalhar com a feitiçaria. O Diabo e a Terra de Santa Cruz é um livro sem plano de voo. Terminei a tese em um tempo muito curto. Hoje, jamais conseguiria fazer aquilo no tempo em que fiz, menos de quatro anos.

RH A feitiçaria e a religiosidade a perseguem?

LMS Sim. Não consegui dar conta desse tema a meu gosto no Diabo. Então, retomei a discussão de maneira mais satisfatória, creio, em Inferno Atlântico. O que me persegue de fato, mais que o estudo da feitiçaria, é a reflexão sobre as relações entre níveis culturais distintos. De certa forma, essas questões também estão presentes em O Sol e a Sombra. Tenho certeza de que, se eu não morrer antes, vou voltar a elas uma vez mais. O tempo todo eu tinha muito claro que estudar a religiosidade numa perspectiva mais cultural era dificílimo, o que acaba me deixando meio insatisfeita com minha reflexão neste sentido.

RH Por quê?

LMS Nunca me senti muito preparada para resolver o tipo de problema que esses estudos levantam. Sinto-me mais à vontade no campo da história social. A história cultural exige o domínio de muitos instrumentos, não é bem para os jovens, é para gente grande. E eu era muito moça para fazer o que havia me proposto. A História é uma só, mas se pudéssemos dividi-la em fatias, a história da cultura seria, no meu entender, a mais difícil de todas.

RH Como vê a aproximação da História com a Literatura?

LMS A contribuição que tem vindo do campo dos estudos literários é muito grande. Autores importantíssimos para a História são, na verdade, críticos literários. E alguns estudos da história da literatura colonial têm trazido muitos subsídios para a gente pensar melhor o período. Hoje me sinto mais próxima da Literatura. Isso já aparece em O Sol e a Sombra. O historiador deve estar sempre se relacionando com as áreas congêneres. Assim como os antropólogos e os sociólogos têm que ler História, não é? Aliás, eles deveriam ler mais História.

RH Outro traço marcante nos seus trabalhos é a articulação do micro com o macro. Como funciona isso?

LMS Essa relação é deliberada. O historiador não pode ficar só no particular. É a história da floresta e da árvore: se vemos a árvore, temos de ver a floresta, senão a compreensão fica prejudicada. Gosto muito dos casos particulares, é uma influência da Antropologia. Por outro lado, não me sentia preparada para ficar nas considerações mais gerais. Até que nos últimos anos tenho conseguido me deter sobre questões mais gerais, acho que por força de coordenar um grande projeto temático de pesquisa. Sempre me senti mais à vontade como historiadora da minúcia e do caso específico, mas isso pode ser uma limitação.

RH Recentemente, nota-se no seu trabalho um interesse pela história administrativa. Ainda há muito para ser investigado nessa área?

LMS Muito. Mas eu não faço história administrativa. Não trato das secretarias, da provedoria da Fazenda, das câmaras municipais. Não sei direito como isso funciona, e nem me interessa saber. É verdade que existe uma proliferação de estudos sobre esse tema. Talvez essa explosão tenha a ver com o Projeto Resgate, que favoreceu muito a história administrativa, facilitando o acesso a uma enorme quantidade de documentos. Tem gente que faz esse trabalho admiravelmente bem. O que eu faço está mais para a história política. O Sol e a Sombra é um livro sobre os homens do Império, e não sobre administração. Por acaso aqueles homens eram administradores. Ou não tão por acaso. Mas o que me interessa é como a administração se relaciona com as elites locais. Então, é história política e social. Em alguns capítulos, é análise de cultura política, inclusive.

RH A intenção é mostrar que a administração não está descolada da sociedade?

LMS Exatamente. A sociedade colonial participa dessas questões administrativas. Dizer, como fazia o Tiradentes, que aqueles administradores portugueses vinham aqui para espoliar e chupar o nosso sangue não explica muita coisa, fica-se sobretudo enredado nas malhas do discurso da dominação. O fato é que a administração só pode funcionar porque as elites locais participam dela.

RH O que acha da transposição da lógica do Antigo Regime na Europa para o funcionamento do mundo colonial?

LMS De certa forma, isso é um modismo. Já pegou, mas vai passar, como todo modismo. É óbvio que o mundo da colonização está dentro de uma sociedade de antigo regime. Mas a lógica da colonização altera a da sociedade de Antigo Regime. Para lembrar um autor que minha geração valorizava, é como o Demian, do Hermann Hesse, que dizia que, se a vida era o ovo, só se podia nascer rompendo a casca. Então, tem que romper a casca. A sociedade que surge na América portuguesa vai ficando cada vez mais distinta da do Antigo Regime.

RH Por quê?

LMS Porque ela é uma sociedade na qual o dinheiro passa a ter uma importância incrível. É uma sociedade toda costurada pela escravidão. Nem Corte havia por aqui. Então, essa qualificação de um “Antigo Regime nos trópicos” explica pouco. Se a sociedade colonial pode ser vista, em muitos aspectos, como de Antigo Regime, suas particularidades implodem e corroem os princípios estratificadores básicos. E, na verdade, o problema do Antigo Regime é muito complicado.

RH Como assim?

LMS Não existe consenso quanto ao que seja uma sociedade de Antigo Regime. Eu tenho uma compreensão. Acho que essa noção marca o período que vai da metade do século XVII até a Revolução Francesa, mesmo que haja sobrevivências no período posterior ao Congresso de Viena (1815). Como tudo em História, não há como delimitar rigidamente. Muitos historiadores europeus costumam considerar Antigo Regime como sinônimo de Época Moderna. Eu não concordo.

RH Por quê?

LMS A sociedade do Renascimento é completamente diferente da do Antigo Regime. Se pensarmos nas cidades italianas, ou elas são assentadas no patriciado ou são sociedades de arrivistas, onde o dinheiro tem um papel fundamental. O que acontece no século XVII? Há uma mudança de rumo, que o Braudel, numa perspectiva meio teleológica, mas muito brilhante, chamou de “traição da burguesia”. Há uma aristocratização da sociedade, uma estilização da vida social que vai se desmantelar com a Revolução Francesa. Então, para mim, o Antigo Regime é a sociedade do tempo de Luís XIV em diante. É uma sociedade assentada basicamente na honra, no status e no privilégio.

RH Até que ponto é possível estudar a história colonial sem conhecer a Europa Moderna?

LMS É possível fazer muito boa história sem um conhecimento mais aprofundado da história da Europa. A gente vê monografias superboas sobre determinados assuntos que não precisam obrigatoriamente se reportar à história europeia. Mas o tipo de trabalho que faço exige esse conhecimento. Impossível estudar um objeto como a feitiçaria sem conhecer o que está acontecendo na Europa. Digo mais: descobri muito tarde o quanto teria sido importante para mim conhecer mais a história da América espanhola e a da África, que eu não conheço nada. Se eu tivesse um conhecimento elementar da história da África quando fiz o Diabo e a Terra de Santa Cruz, ele seria um livro com outro poder de tiro.

RH Em que sentido?

LMS O forte do Diabo é a etnografia. Eu sempre repito isso. Consegui, nem sei como, fazer uma etnografia muito ampla. A partir dessa etnografia, os pesquisadores puderam aprofundar casos e aí, sim, fazer estudos muito consistentes, destrinchando o modo de articulação de sistemas culturais distintos. O Brasil é um país mestiço. O futuro do mundo é a mestiçagem, todo mundo sabe disso, não é? É preciso, então, assumir essa mestiçagem em seu sentido mais amplo e complexo. A história que a gente faz tem que dar conta da história indígena, da África, da Europa e da América espanhola. O Brasil é um país complicadíssimo. É mais fácil estudar Luxemburgo, evidentemente.

RH Como a senhora se situa na historiografia brasileira?

LMS Há dois tipos de historiadores: os especialistas, que passam a vida estudando um determinado assunto e o conhecem profundamente, e os inquietos, cujo interesse pelas coisas vai jogando-os de um tema para outro. Eu sou do segundo tipo. Não sou especialista. Não conheço profundamente nenhum assunto.

RH Quais os temas que ainda gostaria de pesquisar?

LMS Tenho um projeto a curto prazo sobre Cláudio Manuel da Costa, que me fascina há muitos, muitos anos. Tenho lido muita literatura e crítica literária. Outro projeto, que é o meu preferido, me absorve desde 2003 e envolve as guerras napoleônicas e as cortes europeias. É história política em um sentido bem amplo e, creio, heterodoxo. Meu sonho, contudo, é estudar a história da arte. Se tivesse mais tempo, era o que iria fazer. Mas, enfim, não vou ter tempo, fôlego nem competência para chegar lá.

RH A História serve para alguma coisa?

LMS Acho que sim. Ela nos ensina a observar melhor o que acontece no nosso dia a dia. Mesmo que não servisse para nada, é uma atividade intelectual fascinante. Não me arrependo nem um pouco de ter feito essa escolha. Marc Bloch dizia que a História entretém, no que concordo. Acrescentaria que, para mim, a História é, antes de tudo, diversão. Não sei se é politicamente correto, mas é o que sinto: é muito divertido ser historiadora.

Saiba Mais - Verbetes:

Alexandre Dumas (1802-1870)
Romancista francês, autor, entre outros livros, de Os Três Mosqueteiros (1844) e O Conde de Monte Cristo (1845).

Carlo Ginzburg
Historiador cultural italiano, autor de O queijo e os vermes (1976) e de Mitos, emblemas e sinais (1992), entre outras obras.

Forte de Nossa Senhora dos Prazeres do Iguatemi
Construído na década de 1760 por ordem da Coroa portuguesa no atual estado do Mato Grosso do Sul, deveria servir como um marco da presença lusitana no interior do continente, em região de fronteira com as colônias espanholas.

Jules Michelet (1798-1874)
Historiador francês, autor, entre outras obras, de Origens do direito francês (1837) e A feiticeira (1862).

Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco
Convênio entre autoridades portuguesas e brasileiras com o objetivo de disponibilizar documentos relativos à História do Brasil existentes em outros países, principalmente em Portugal.

Congresso de Viena (1814-1815)
Reunião entre representantes das potências europeias com o objetivo de redividir a Europa após a derrota da França e restaurar as monarquias destronadas por Napoleão.

Lucien Febvre (1878-1956)
Historiador francês dos mais influentes do século XX, fundador, com Marc Bloch, da revista Annales, em 1929. Entre os livros de sua autoria estão O problema da incredulidade no século XVI: a religião de Rabelais (1942).

Saiba Mais - Obras da autora:

Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 1983.

O Diabo e a Terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

Inferno Atlântico: demonologia e colonização (séculos XVI-XVIII). São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. (organizadora)

Norma e conflito: aspectos da história de Minas no século XVIII. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1999.

O Sol e a Sombra: política e administração na América portuguesa do século XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Revista de Historia da Biblioteca Nacional

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