01/05/2008
Alcir Pécora
Vieira e a palavra divina
Ainda criança, Alcir Pécora tinha uma livraria dentro de casa. No quarto em frente ao seu funcionava a loja do tio, Livraria Eldorado. Mesmo assim, seu talento como desenhista quase o afastou da vocação literária. Mas o destino estava escrito – por ordem expressa dos deuses das letras, seu caminho precisava cruzar com o de outro literato precoce: o padre Antônio Vieira.
Trinta anos depois, como maior especialista em Vieira por estas bandas, ele compõe um retrato único do personagem fundamental para se entender o pensamento jesuíta no país. Desconstrói mitos arraigados – como o que vê no padre um libertário e defensor dos índios –, revela detalhes de seu papel polêmico (“é tratado como traidor”) e esmiúça a força dos sermões no contexto da época (“formavam-se filas na porta da igreja”).
Seu fascínio não nasce de qualquer pendor religioso — pois se declara “ateu como uma alface” —, mas, acima de tudo, da paixão pelo Vieira escritor. No campus da Unicamp, Alcir Pécora recebeu a Revista de História da Biblioteca Nacional para uma longa conversa sobre a abençoada inspiração do padre.
No momento em que se comemoram os 400 anos do nascimento de Antônio Vieira, nosso entrevistado não usa de meias palavras para definir a monumental obra que norteia sua vida: “É como se fosse uma outra língua”.
REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL Como descobriu o padre Antônio Vieira?
ALCIR PÉCORA Durante a graduação, comecei a gostar de retórica, Aristóteles, Quintiliano, Cícero. Torcia pelo Górgias contra Sócrates. Encantava-me a idéia de estudar os mecanismos de produção de efeitos discursivos eficazes sobre diferentes auditórios. Estudei retórica com o professor Haquira Osakabe, que se tornou um grande amigo. Ele tentava relacionar a lingüística com a retórica antiga, como também faziam na época Barthes, Todorov, Perelman etc. A certa altura, me vi procurando um autor de língua portuguesa que fosse relevante do ponto de vista dos estudos retóricos. Não dava para escapar de Vieira. Quase não tinha saída.
RHBN E desde então não o largou.
AP Mas não fiquei só nele. Não pude, porque fui contratado como professor em 1977, logo que terminei a graduação.Tinha que dar aulas de diferentes matérias. Mas não reclamo. Eu me identifico com um tipo antigo de professor que, embora tenha especialização, tenta circular nos cursos. Dou cursos de Literatura contemporânea, de Teoria Literária. Às vezes, de medieval também, como agora.
RHBN Seu interesse pela Literatura começou cedo?
AP Na juventude, oscilava entre Artes Plásticas e Literatura. Adorava desenhar, tinha muita facilidade. Cursei Artes Plásticas na PUC de Campinas, me formei, participei até de uma pré-Bienal.
RHBN Como mudou de rumo?
AP Eu tinha labirintite desde menino, e ela foi se agravando ao longo do tempo. A tinta me deixava tonto, tinha crises por causa do toner. Além disso, percebi que gostava mais de ler do que de qualquer outra coisa.
RHBN Então foi cursar Letras?
AP Ciências Humanas, na Unicamp. Tive aula com os melhores professores daquela geração, era um tempo de animadas discussões políticas. O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) abrigou intelectuais que fugiam da USP na ditadura. O Zeferino Vaz, fundador da Unicamp, tinha certa influência no meio militar, então conseguiu alguma imunidade para a universidade. Fiz dois anos no básico das Ciências Humanas, com leituras muito debatidas de textos paradigmáticos das Humanidades: Marx, Freud, Lévi-Strauss, Keynes, Saussure, Benveniste, Foucault etc. Este é o melhor modelo de universidade, que não existe mais. Depois disso, houve a segmentação das várias especialidades, os institutos se separaram. Letras e os estudos de linguagem vieram para um lado, Economia foi para outro, criou-se um Instituto de Artes. Para as Ciências Humanas, essa separação de saberes foi um desastre.
RHBN Como Vieira veio parar no Brasil?
AP Veio com 6 anos de idade, em 1614. O pai veio antes, para ocupar um cargo na Relação da Bahia, e o deixou com a mãe em Portugal. A mãe, segundo ele diz, devido à ausência do marido, levava uma vida reclusa. Foi ela quem ensinou Vieira a ler.
RHBN E só voltou para Portugal depois de adulto?
AP A primeira vez foi em 1641, depois da Restauração, aos 33 anos. Quando D. João IV assume o poder, ele vai para lá acompanhando o filho do vice-rei, D. Jorge de Mascarenhas. Curiosamente, Vieira foi logo aceito no Paço, tornando-se familiar daquela nobreza. É difícil explicar essa rápida inserção, uma vez que Vieira não parecia ter quaisquer relações na corte, e nem mesmo com os jesuítas de Portugal. Seu trunfo era a lábia. De resto, tinha posições próprias sobre os mais diversos assuntos e nunca chegou a ser inteiramente assimilado pelos jesuítas portugueses.
RHBN Por quê?
AP Desde cedo ele hostilizou a Inquisição por causa dos judeus. Se tivesse que mencionar a ação política de Vieira mais sistemática, acho que seria sua posição em relação aos judeus de Portugal. Vieira pensava que a saída deles do reino era um desastre anunciado, porque eram a gente de maior cabedal. A preservação do reino dependia do retorno e da permanência deles. Queria suspender os confiscos, porque ninguém ficaria ou voltaria com o risco de ter o dinheiro tomado. Imitando a estratégia dos holandeses, propôs a suspensão do confisco para aqueles que investissem nas companhias de comércio. Sua idéia era criar uma companhia ocidental para cuidar do Brasil e de conquistas na América, e uma companhia oriental para lidar com as Índias. Vieira lutou por essa idéia de todas as maneiras possíveis.
RHBN Ele foi expulso da Companhia de Jesus?
AP O geral chegou a dar a licença para que fosse. O rei D. João IV, que gostava de Vieira, informado disso, pôs à sua disposição qualquer posto eclesiástico de Portugal que desejasse. Vieira respondeu que preferia ser o porteiro de um colégio da Companhia a afastar-se dela. Sua fidelidade à ordem não pode ser questionada jamais. Sua cabeça era completamente ordenada pela Companhia. A idéia de viver fora dela era inconcebível.
RHBN Ele se saiu bem como diplomata?
AP Não, pelo contrário. Por exemplo, um de seus mais importantes papéis diplomáticos foi exatamente na negociação da paz com a Holanda. Vieira duvidava ser Portugal capaz de sustentar a guerra contra os Estados Gerais e Castela ao mesmo tempo. De resto, havia presenciado a tomada da Bahia pelos holandeses (1624). Achava que seria preciso entregar Pernambuco para que deixassem a Bahia em paz. Estava disposto até mesmo a ressarcir os holandeses pelos prejuízos que tiveram nas ações dos revoltosos portugueses. Mas não esperava que ocorresse o mais surpreendente: sem grande ajuda de Portugal, os revoltosos conseguem expulsar os holandeses. Quando ficou sabendo, achou aquilo um desastre, temia que a Bahia pagasse a imprudência, caindo também ela em mãos hereges.
RHBN É quando recebe o apelido de Judas do Brasil?
AP Exatamente: o escrito vaza, ele é tratado como traidor. As embaixadas de que participou lhe causaram muito desgaste. Vieira nunca conseguiu uma grande base de atuação junto à diplomacia. A certa altura, começa a falar em voltar para o Brasil. Não que quisesse, isso fica claríssimo em várias cartas. Quando vê que vai mesmo voltar, diz ter saído de si, em desespero. Mas D. João IV, em 1652, já não parecia fazer questão de que ele ficasse em Lisboa. É engraçado que da primeira vez o rei mandou impedir seu navio de sair em cima da hora. Quando vai embarcar de novo, fica esperando que aconteça o mesmo, mas o navio parte sem que venha a ordem de permanecer em terra.
RHBN Como era a relação de Vieira com os índios?
AP Existe uma idéia romântica a esse respeito, como se ele defendesse a liberdade dos índios pelos próprios índios. Não era bem assim. O que defendia era a política da Companhia de Jesus para os índios. Estes, para serem catequizados e se tornarem súditos da Igreja, precisavam ser retirados das aldeias e separados de seus antepassados, que lhes transmitiam costumes “contra-natura”. Também era preciso separá-los dos colonos, que os escravizavam em tempo integral, sem cuidar da doutrina. Os índios, enfim, não eram incorporados nem como cristãos, nem como súditos do rei.
RHBN O que ele queria era garantir a guarda dos índios, certo?
AP Exato. Vieira luta para que as missões fiquem subordinadas exclusivamente aos jesuítas, sem interferência do governo local nem dos moradores. Acusa os moradores de atacar as missões, de roubar as roças, de deixar os índios à míngua. A certa altura, calcula que foram mortos pelo menos dois milhões de índios. Denuncia um genocídio. A descrição que faz da destruição dos índios, de seus corpos e almas, tem grande dramaticidade. Não porque condenasse a retirada deles das suas aldeias. Ao contrário, era isso que julgava adequado para a adoção dos novos hábitos cristãos. Mas condenava o descaso com a catequização e com sua assimilação como súditos do reino. Ele pensa nos índios como uma “nova cristandade”. Interessa-se também pelo lado belicoso dos índios, julga-os excelentes guerreiros, que fariam um exército de grande valor para a Igreja.
RHBN Por que ele foi expulso do Brasil?
AP Havia um alto grau de tensão entre jesuítas e colonos. Os colonos argumentavam que não podiam sobreviver sem a mão-de-obra escrava. Padre Vieira os desmente. Diz que a mão-de-obra escrava estava associada ao desejo de enriquecimento fácil, que era preciso cuidar da agricultura, fazer coisas mais consistentes, e não aventuras econômicas fugazes como as minas de ouro. Por outro lado, nunca pareceu aos moradores que os jesuítas estavam cuidando das almas dos índios, mas sim que enriqueciam à custa deles. Algumas atitudes revoltavam os moradores, como recusar a confissão e outras práticas religiosas em função de hábitos considerados impróprios pelos jesuítas. Em 1661, Vieira é preso, colocado numa galé junto com seus companheiros e enviado para Portugal. Quando chega, D. Luísa de Gusmão, viúva de D. João IV, estava no poder, mas em conflito com o filho mais velho, D. Afonso, que queria assumir o trono. Vieira toma partido dela e faz uma reprimenda pública ao príncipe. Talvez tenha sido seu ato mais grandioso como cortesão, mas custou-lhe caro. Quando D. Afonso sobe ao trono, não precisa mais do que liberar a Inquisição, que já acumulava denúncias contra Vieira, para processá-lo.
RHBN Por que a Igreja diferenciava a escravidão dos índios da escravidão dos negros?
AP A escravidão de negros era mais antiga e tolerada na Europa. Fala-se muito em escravidão no Brasil, mas em Portugal havia muito escravo. O próprio Vieira era, supostamente, um mulato. Mais precisamente, a Inquisição não chega a determinar se ele tem ascendência negra ou índia. Uma avó paterna aparentemente era negra, mas o termo “negro” era usado indistintamente para o índio da terra ou o negro da África. O fato é que a presença do escravo negro estava muito mais naturalizada do que a do índio, que era novidade. E o índio era mais arredio, não trabalhava na roça. Vieira chega a sugerir a introdução de escravos negros no norte para aliviar, digamos, a pressão sobre os índios. Havia em relação aos negros um jogo internacional estabelecido, sobre o qual os jesuítas do Brasil não tinham controle. O único jesuíta que cheguei a ler se posicionando, esmiuçando a questão da escravidão dos negros, sempre com muita prudência e examinando caso a caso, foi Luís de Molina.
RHBN Qual era a importância dos sermões?
AP O sermão era um gênero letrado superior. Nada a ver com a idéia que temos hoje, de um padre falando banalidades ou repetindo palavras de ordem como um mantra. Era fruto de um enorme esforço intelectual, feito pelas pessoas de maior talento na Igreja. Os jesuítas criavam os sermões com base em estudos retóricos. De Cícero em particular. Faziam exercícios de disputas de temas, levantando lugares-comuns, com argumentos favoráveis e contrários. Estudavam a forma de exposição, a ordem dos argumentos. Cuidavam da elocução, ou seja, com a aplicação do ornato, da figura, em função dos efeitos que o sermão deveria obter. Importantíssima era a memorização, para a qual criaram técnicas mnemônicas muito apreciadas. E, finalmente, a forma da execução: impostação da voz, gestualidade, posição do corpo. Tudo era objeto de estudos sistemáticos desde que entravam no noviciado. Como ninguém sai antes dos 34 anos, eles têm pelo menos vinte anos de treinamento diário.
RHBN Como era o ambiente em que os sermões eram apresentados?
AP Eram pregados basicamente nas igrejas. As da Companhia eram construções voltadas para a comoção. Contra a iconoclastia da Igreja reformada, a Igreja da Contra-Reforma faz uma hiperprodução de imagens. Quando um grande pregador se apresentava, formavam-se filas na porta da igreja, como ocorre num teatro. Era preciso chegar cedo para conseguir assistir a um sermão de Vieira, era concorridíssimo. O anúncio da prédica de um grande orador na missa de tal dia criava expectativas como a de assistir à representação de um grande ator.
RHBN Havia regras rígidas quanto ao conteúdo?
AP Havia prescrições. Um sermão tem de falar de temas próprios a cada período do ano litúrgico. Por exemplo, se é o tempo do Advento, só se pode falar dos temas adequados ao Advento: a primeira ou segunda vinda de Cristo. O sermão acontece depois da leitura do Evangelho do dia e antes da comunhão. Faz uma interpretação da passagem bíblica lida anteriormente, e com isso a renova. Além disso, o Evangelho do dia é definido canonicamente, e não escolhido pelo padre. Assim, o pregador não pode escapar do enquadramento do ano litúrgico nem do Evangelho do dia. O grande pregador é aquele que consegue estabelecer uma conexão entre esses temas. A analogia deve se estender até o comentário do tempo presente. O objetivo é fazer com que a vida e a história se encaixem de alguma maneira na simbologia cristã.
RHBN Vieira também era profeta?
AP No mundo moderno, o profético tem o sentido de uma coisa alucinada. Mas naquela época a profecia fazia parte da organização básica dos instrumentos que interpretam a vida. Vieira interpreta profetas e os concilia com as escrituras.
RHBN Como as profecias do Quinto Império.
AP Isso. Para formar a monarquia universal cristã era preciso converter os gentios, os indígenas e os judeus. Já os mouros, os turcos, os da seita de Mafoma, na ótica de Vieira, eram inconciliáveis, pois queriam a destruição de Roma e do mundo católico. Para lutar contra eles, os cristãos deveriam se unir em torno de um novo príncipe, que ele imagina sendo português. Somente
aí se daria a universalização do catolicismo e o início de um período de mil anos de paz e felicidade, antes do aparecimento do Anticristo. Para Vieira, há um tempo de “paraíso terreal” ainda na história, e não depois.
RHBN Que leituras equivocadas de Vieira mais o incomodam?
AP Dizem que ele é contraditório, esquizofrênico e mesmo insincero, porque fala ao mesmo tempo de religião, de profetismo e de política. E o pior é que esse tipo de leitura é predominante. Esquecem que naquele momento a idéia de separação entre Estado e religião é improvável. Outra coisa que me incomoda é a idéia de que ele é uma espécie de pré-ilustrado, um padre libertário e tolerante, que já vê um mundo democrático, que fala com os negros como iguais. Imagina! Está longe de ser libertário. Ele falava com os negros para pô-los em contato com a única religião que considerava verdadeira, a católica. É absurda essa leitura relativista, pós-Lévi-Strauss, de um jesuíta contra-reformista.
RHBN É difícil ler Vieira hoje?
AP Não é preciso saber nada sobre Vieira para se ler Vieira com gosto. Não dá para passar por seu texto como se fosse insignificante. Pode-se não entender em detalhe os conteúdos, mas o ritmo verbal, a inteligência demonstrativa, o domínio da língua sobressaem de qualquer maneira. É como se fosse uma outra língua. É um mundo absolutamente coeso, ajustado a si próprio, cada palavra no seu lugar único. Fernando Pessoa dizia que Vieira era um “gênio da perfeição lingüística”. Nos termos de Vieira, isso deve ser entendido como preparação ou consagração da presença divina na espécie da língua. A construção discursiva, a fala do pregador, é também matéria na qual se manifesta a divindade, como no sacramento da comunhão.
RHBN A dimensão retórica das fontes é fundamental para os estudos históricos?
AP Claro. Por exemplo, parte dos acontecimentos descritos pela literatura colonial tem como fonte as cartas dos jesuítas. Você tem que considerar que havia regras que orientavam a produção dessas cartas. Elas eram escritas e reescritas para produzir um determinado efeito. Há certa ingenuidade em lê-las como relatos do real, como puras referências empíricas, sem considerar a pessoa, o efeito, o auditório que vai ler, o público a que se destinam. Não é só o conteúdo que é histórico: a forma também é histórica.
RHBN Para dedicar 30 anos a um personagem é preciso ter uma identificação pessoal com ele?
AP Embora eu deva praticamente toda a minha carreira a Antônio Vieira, não tenho identificação pessoal com ele. Era um homem dedicado à religião e ao poder, dedicou toda a vida a ser conselheiro de reis. A perspectiva é totalmente estranha a mim. Sou um acadêmico que viveu somente dentro da universidade. Uma vida miúda de gabinete. Um sujeito com a grandeza de Vieira, que cruzou tantas vezes o Atlântico, as brenhas das selvas do Brasil, os perigos da corte e da prisão, pouco tem a ver comigo. Não tenho nem como inventar a proximidade.
RHBN Então, qual foi a admiração que o levou a estudá-lo?
AP Foi a escrita. Ele deixou uma obra magnífica. Embora quisesse ser um homem de ação, no fundo o que melhor produziu foram letras. O escritor é o que mais me fascina.
Obras do autor:
As Excelências do Governador. S. Paulo: Companhia das Letras, 2002.
Máquina de Gêneros. S. Paulo: Edusp, 2001.
Sermões II. S. Paulo: Hedra, 2001.
Sermões I. S. Paulo: Hedra, 2000.
Escritos Históricos e Políticos do Padre Antonio Vieira. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
Saiba mais:
Para ler Padre Antônio Vieira - Alcir Pécora sugere sermões específicos para trabalhadores, negros, ecologistas, soldados... Alguns sermões podem ser baixados do site Domínio Público.
Os sermões de Vieira segundo Dona Cleonice - Aos 92 anos, a lusitanista Cleonice Berardinelli esbanjou maestria e bom-humor ao falar dos sermões do Padre Antônio Vieira na ABL
Revista de História da Biblioteca Nacional
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