segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Helga Piccolo - Gaúcha sem fronteiras


01/10/2008

Helga Piccolo
Gaúcha sem fronteiras

Iracema? Pois é, homenagem do pai alemão ao romance de José de Alencar. Nascida em berço imigrante e “com o gene certo para a coisa”, Helga logo abraçou os estudos históricos, adotando o Rio Grande do Sul como objeto de pesquisa. Mas faz questão de explicar que não compartilha do famoso sentimento regionalista gaúcho. Pelo contrário: parte da realidade fronteiriça para falar da influência espanhola na “porosa” região do Prata e da cultura imigrante, sem perder de vista a História do Brasil.

Helga foi a primeira gaúcha a receber o título de doutora em História, e ainda coordenou os cursos de pós-graduação na área no Rio Grande do Sul quando eles surgiram, na década de 1970. Nos últimos 50 anos, boa parte dos historiadores nascidos nos pampas recebeu suas lições, sem falar em alguns políticos de projeção nacional.

Ela já comprou briga com os defensores das “tradições gaúchas” ao questionar a defesa apaixonada dos Farroupilhas como “revolucionários”. Mas também é veemente ao negar qualquer insinuação de que aquele povo teria inclinações autoritárias.

A sugestão do leitor André Fertig reforçou nossa vontade de conhecê-la. Combativa e com fama de professora rigorosa, foi uma gentil e elegante senhora que nos recebeu em Porto Alegre para uma conversa a respeito de suas paixões – o Rio Grande do Sul, a história e... o iatismo. Embora aposentada das salas de aula e há tempos sem velejar, um ofício ela não larga: será uma eterna pesquisadora. “Pesquisar vicia”, afirma.

REVISTA DE HISTÓRIA Helga Iracema é um nome curioso. Por que o Iracema?

HELGA PICCOLO Foi uma promessa do meu pai. Ele e minha mãe eram alemães. Vieram para cá em 1923, por causa da crise socioeconômica na Alemanha pós-Primeira Guerra Mundial. Mas eles não foram para a colônia alemã na área rural. Meu pai era linotipista, e em Porto Alegre havia um jornal de fundação germânica, e ele foi imediatamente empregado. E o primeiro livro que ele leu aqui foi Iracema, de José de Alencar. Ficou fascinado pela história e fez um juramento: se tivesse uma filha, ela se chamaria Helga Iracema. Meu nome de batismo é Helga Iracema Landgraf. O Piccolo veio depois, quando me casei. Helga é um nome bem germânico. Acho que não existe outro mais germânico do que esse. E Iracema está aí pelo José de Alencar, que meu pai adorou.

RH Durante boa parte de sua infância, o Brasil esteve em guerra com a Alemanha. Como era a vida durante o Estado Novo?

HP Era muito difícil. Éramos proibidos de falar o alemão até dentro de casa. O fato de estudar em uma escola de origem alemã, uma das melhores hoje em Porto Alegre, também não ajudava. A gente levava isso nas costas. Nunca me esqueço do dia 8 de maio de 1945. A guerra tinha terminado na véspera, dia do meu aniversário. Sem saber de nada, fui para o colégio na manhã do dia 8, e fui xingada de tudo quanto era jeito pelos transeuntes. Acho até que tentaram fazer algo contra a escola. Eu tinha 13 anos, uma idade em que a gente não entende certas coisas. Afinal, não tinha televisão e os jornais ainda estavam censurados. Foi muito complicado. Mas a gente supera.

RH Como se deu a opção pela História?

HP Não sei. Sempre gostei de História. É uma coisa que me define, como se eu tivesse nascido com o gene certo para a coisa. Quando chegou a hora de optar pelo curso superior, não tive muitas dúvidas. Em 1951 entrei na Universidade do Rio Grande do Sul, hoje Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O magistério também foi uma opção natural, primeiro no que hoje chamaríamos de ensino básico e médio, depois na universidade. Na faculdade, sempre fui da área de História do Brasil. E quando a linha se desmembrou em História do Brasil e História do Rio Grande Sul, passei a lecionar as duas disciplinas. Acho até que essa divisão foi algo determinante pra mim. Minhas pesquisas sempre tiveram o Rio Grande do Sul como objeto. Mas meu desejo nunca foi destacar questões regionais, e sim pensar meu estado dentro de um contexto maior.

RH Como era o ensino da História nos anos 1950?

HP Talvez a maior diferença seja o fato de que a História não era autônoma, estava ligada à Geografia. Eu mesma cheguei a dar aulas de Geografia. Eram também os tempos da cátedra. Quando entrei na universidade, todas as áreas de conhecimento histórico, desde a Idade Antiga, passando pela Média, Moderna, Contemporânea e a História da América, tinham um catedrático. Era ele quem determinava o que se deveria fazer em sala de aula. Nesse sentido, posso dizer que fui abençoada. Meu catedrático foi o professor Dante de Laytano [verbete], um historiador dos mais conhecidos do Rio Grande do Sul. Ele sempre me deu, desde o início, a mais absoluta liberdade.

RH O positivismo ainda influenciava a academia gaúcha?

HP Muito. No estado do Rio Grande do Sul, o positivismo teve um papel político muito importante na chamada Primeira República. O ensino da História enfatizava os fatos. Não havia disciplinas teóricas nem de metodologia. Foram coisas que eu tive que aprender por conta própria. E a produção historiográfica era também muito reduzida, muito limitada, não só no Rio Grande do Sul, mas no Brasil inteiro. O professor tinha poucos livros à sua disposição. Quando comecei a lecionar e vi aquela ênfase em uma história factual, procurei, como que por instinto, diversificar os ensinamentos. Trabalhava com uma bibliografia cheia de autores marxistas, como Caio Prado Júnior.

RH E conseguia dividir seu tempo entre o magistério e o iatismo?

HP É verdade, eu gostava bastante de velejar. Venho de uma família de iatistas. Lembro que, em uma regata, meu marido precisou de mais um tripulante porque o vento era contra e muito forte, e disse: “Helga, você vai entrar para tirar a água que está entrando no barco”. Ganhei uma latinha, e lá fui eu. E olhe que estava grávida. Velejei por muito tempo. O Clube dos Jangadeiros, ao qual estava filiada, foi o primeiro a ter uma escola de vela, e eu cheguei a ser a diretora. O convite veio não só pela experiência no iatismo, mas exatamente por causa da minha atividade docente. Na universidade, diziam, brincando: “Como é que vai a tua Escola de Sagres?”

RH Ainda veleja?

HP Não. Parei já faz algum tempo. Em 1974, a universidade precisava expandir seu espaço físico, e parte dela acabou saindo do campus central. Fomos todos para perto de outro município, Viamão. E aí era impossível conciliar. Tive que deixar a escola de vela para fazer meu caminho diário para o Campus do Vale, nas proximidades do município de Viamão.

RH É verdade que a senhora foi a primeira doutora gaúcha?

HP Sim, fui a primeira doutora em História do Rio Grande do Sul. Fiz o doutorado de 1969 a 1972 na USP, que começou com a pós-graduação bem antes do que qualquer universidade gaúcha.

RH A pós-graduação começou no Campus do Vale?

HP Sim, mas foram tempos complicados. O acesso ao Campus do Vale não era muito fácil. Em dia de chuva, por exemplo, era um barral só. Mas a mudança foi decisiva. Passamos a ter um espaço razoavelmente grande e pudemos começar a pensar na pós-graduação. Iniciamos com cursos de especialização. Foram, ao todo, cinco especializações em História do Rio Grande do Sul, e eu coordenei todos eles. Depois coordenei o curso de mestrado nos seus inícios.

RH Como avalia o famoso regionalismo gaúcho? O que acha dos Centros de Tradição Gaúcha, por exemplo?

HP Bem, a academia tem as suas restrições em relação a eles. Mas essa identidade marcada é muito mais acentuada na campanha, no espaço fronteiriço, de colonização lusa, que foi por muito tempo a área economicamente dominante, de criação de gado. Os Centros de Tradição Gaúcha, os chamados CTGs, foram fundados em Porto Alegre exatamente por jovens aparentados de estancieiros que vieram estudar na capital. E dali eles se espalharam. Esses centros foram criados para preservar a memória histórica, as danças, as lendas, o trajar, a alimentação, o churrasco, o chimarrão. Essa preservação de determinados costumes acaba gerando, invariavelmente, uma identidade própria. As pessoas se identificam com ela e a defendem. Hoje, é difícil você encontrar um município que não tenha um centro de tradições gaúchas. Até as regiões de colonização alemã e italiana têm os seus CTGs. Tem até nos Estados Unidos! Quando o rio-grandense migra, leva um CTG consigo.

RH As origens dessa identidade coincidem com a Revolução Farroupilha?

HP De certa maneira, sim. Mas o debate sobre a Revolução Farroupilha é sempre bem acalorado. Eu mesma já tive muitas discussões com tradicionalistas. O que me deixa preocupada como historiadora é que eles costumam afirmar até hoje que o Rio Grande do Sul fez a Guerra dos Farrapos, dando a entender que toda a província foi rebelde. Isso é faltar com a verdade histórica. Durante os quase dez anos de revolução, sempre houve dois governos. Um era legalista e se identificava com o Rio de Janeiro e o governo imperial, e o outro era o dito revolucionário, afinado com um projeto político que queria, acima de tudo, maior autonomia decisória para a província. Entre outras coisas, o que quero dizer é que o separatismo é uma questão muito mais complicada do que se costuma dizer. As três localidades mais importantes do Rio Grande do Sul na época – a capital; Pelotas, centro da charqueada, a atividade econômica mais importante do estado; e o Rio Grande, único porto marítimo que temos até hoje – não apoiaram o conflito. E, na verdade, o próprio discurso do chefe dos Farrapos, Bento Gonçalves, não fala em revolução. Ele diz: “O que nós fizemos é uma guerra civil”, identificando-se com Emmerich Von Vattel.

RH E os CTGs ainda são marcados pela idéia da Revolução?

HP Sim. E é por essas e outras que tenho meus problemas com eles. Acho que esses centros tinham que se preocupar em ver a Guerra dos Farrapos de outra maneira. Não podemos esquecer, por exemplo, que o núcleo do grupo social que faz a Guerra dos Farrapos é composto de grandes proprietários escravistas. Não exclusivamente; havia também comerciantes, mas os grandes proprietários eram maioria. A importância desse evento histórico não é o seu aspecto regional, e sim o projeto de Constituição que ele propunha. A Guerra dos Farrapos apresentou um projeto alternativo de construção do Estado nacional baseado no princípio político do federalismo.

RH Podemos dizer que os gaúchos fazem uma história diferente do resto do país?

HP A academia, não. Muito pelo contrário. Nós questionamos essa visão da história do Rio Grande do Sul, esse arraigado regionalismo. É como se o Rio Grande do Sul se bastasse historicamente, sem a necessidade de uma relação com o maior, que é o Brasil. É claro que nos irrita essa História do Brasil escrita em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas, ou seja, no Sudeste rico. O Nordeste também não aceita isso. Neste sentido, faço aqui uma espécie de mea culpa: minha pesquisa, tenho que reconhecer, se restringe muito ao Rio Grande do Sul. Mas por quê? Exatamente porque precisamos mostrar que o Rio Grande do Sul também pertence ao Brasil. Não fazemos mais uma história regional por si. Nossa linha de análise parte sempre de uma relação do estado com a região do Prata, com o restante do Brasil, com os imigrantes europeus.

RH O Rio Grande do Sul como terra de fronteira.

HP Sem dúvida. Isso é uma coisa que nos define. É o foco do meu trabalho. Falo em um espaço fronteiriço platino, que inclui parte do Rio Grande do Sul e o Prata. Para alguns, é quase uma heresia, mas o fato é que esse espaço fronteiriço foi influenciado pela discussão política platina. O general uruguaio Artigas, com seu projeto republicano e federalista, teve grande repercussão. Ele defendia a reforma agrária e a abolição da escravatura. Bento Gonçalves foi alcaide de um departamento uruguaio, Cerro Largo, e teve contato com artiguistas.

RH Que reflexos a vinda da Corte portuguesa teve para a região?

HP Eu costumo inverter a questão: mais importante é ver a influência do Rio Grande do Sul para o Brasil na transferência da Corte. A região tinha uma importância estratégica, e D. João sabia disso ao ordenar a invasão da chamada Banda Oriental, que é hoje o Uruguai. Os gaúchos gostavam da idéia: a criação de gado era o forte da nossa economia, e todo mundo sabe que os pastos do Uruguai são melhores do que os nossos. Foram duas tentativas. Não deu certo na primeira vez, mas funcionou na segunda, em 1816. A Banda Oriental é anexada com o nome de Província Cisplatina. Foi uma província brasileira até 1828.

RH Os imigrantes alemães foram importantes nesses conflitos?

HP Todas as vezes que o Brasil teve problemas políticos no Prata, alemães foram lutar. A imigração alemã começa em São Leopoldo, em 1824, e o conflito contra as províncias unidas do Prata começa em 1825. Lá estavam alemães lutando. Na guerra contra Oribe e Rosas (1851-1852), o governo brasileiro contratou na Alemanha militares de escol, a chamada Legião Alemã. E tinha gente de escol, com títulos de nobreza. Eles vêm e muitos acabam ficando no Rio Grande do Sul. Na Guerra do Paraguai, um contingente de alemães foi de novo lutar. Quer dizer, eles têm um papel na defesa desde que vieram.

RH E também na política de povoamento?

HP Essa era outra preocupação do Império. Por que D. Pedro I chamou os imigrantes alemães? Não era só para diversificar a economia, mas sim para intensificar o povoamento como defesa, sempre em relação ao Prata. A região platina, que é hoje o Uruguai e a Argentina, herdeira de uma colonização espanhola, sempre pensava no tratado de limites assinado entre Portugal e a Espanha antes do descobrimento do Brasil. Em 1494, pelo Tratado de Tordesilhas, esse sul não era português, era espanhol. No período colonial, tivemos invasões espanholas que ocuparam terras desde a ilha de Santa Catarina até o Rio Grande do Sul, incorporados ao Prata. A imigração alemã tem muito a ver com essa questão de defesa em relação a esse potencial inimigo externo.

RH E o que trazia os alemães para o Brasil?

HP Essa é minha pesquisa no momento. Por que eles saíram da Alemanha? É interessante o fato de a maioria dos imigrantes ser da mesma região, ao sul do Rio Reno. É uma região fronteiriça marcada pelo impacto da Revolução Francesa. Esse trabalho tem me levado à Alemanha; tenho feito muitas pesquisas em arquivos alemães. A idéia é pensar esta influência francesa por meio de cartas de imigrantes que estavam aqui e que escreviam para seus familiares. Quero entender o fator político por trás de tudo isso, não só a saída da Alemanha, mas a chegada ao Brasil também.

RH O Rio Grande do Sul sempre teve uma presença muito forte na vida política do país. Quais foram seus principais políticos?

HP Antes da República, diria que não houve influência. No Império, o sistema político era centralizado, sendo os presidentes da província nomeados pelo governo central. Destacaria apenas a figura de Gaspar Silveira Martins. Ele era o chefe inconteste do Partido Liberal. Foi deputado, senador e acabou nomeado presidente da província. Com a República, o estado tem dois nomes que eu chamaria de ícones: Assis Brasil e Júlio de Castilhos. Este morreu cedo, em 1903, com 43 anos, mas influenciou muita gente. Leonel Brizola, por exemplo, era castilhista. Já no início do século XX, começa a surgir uma nova geração de políticos oriundos da Faculdade de Direito. Entre eles, Getulio Vargas. Brizola e Getulio foram dois políticos gaúchos de projeção nacional.

RH Pode-se falar de uma marca gaúcha nas ditaduras brasileiras?

HP Eu não aceito isso. Um historiador de renome, José Honório Rodrigues, afirmou certa vez que a chamada ditadura militar só aconteceu porque os presidentes eram oriundos do Rio Grande do Sul. Um dia, disse para ele: “Me diga uma coisa: e Alagoas, que nos deu um Deodoro da Fonseca, um Floriano Peixoto, lá no início da República? Eles foram ou não foram ditadores?” Ele não respondeu. É verdade que Geisel, Costa e Silva e Médici eram do Rio Grande do Sul. Mas não posso aceitar que tivemos um momento de fechamento político porque os presidentes eram gaúchos.

RH Algum de seus alunos entrou na vida política?

HP Muitos. O que teve maior projeção foi o governador Antônio Brito. Também tive como aluno um expoente do Partido dos Trabalhadores no sul: Raul Pont, que foi prefeito de Porto Alegre e hoje é deputado estadual. A Luciana Genro era estudante de Sociologia, mas eu a conhecia, sem ter sido sua professora.

RH É verdade que os alunos a consideravam uma professora rigorosa?

HP Tenho mesmo essa fama, e ela procede. Os alunos me achavam extremamente exigente, e eu cobrava mesmo: presença, fazer trabalhos, participar. Mas sempre dando imensa liberdade. Não me importava a ideologia, desde que eles trabalhassem. Eu me importei muito com meus estudantes. Ainda mais pelo fato de que muitos seriam professores, e todos nós sabemos que o ensino no Brasil está muito fraco. Então, pelo menos esperava que tivessem um sólido fundamento para dar aulas. Atualmente, a maioria dos professores do Departamento de História é de ex-alunos meus, seja na graduação, seja na pós-graduação. Tenho colegas que me dizem: “Helga, você nos ensinou a ser rigorosos. Hoje entendemos qual é o seu sentido”.

RH Apesar de estar aposentada, a senhora continua velejando pela História.

HP O espírito aventureiro continua. Estudar o viés político da emigração e da imigração faz com que eu continue me aventurando pela pesquisa. E pesquisar vicia.

Saiba Mais - Verbetes:

Dante de Laytano (1908-2000)
Historiador, ensaísta, considerado um dos maiores folcloristas do Rio Grande do Sul. Foi o primeiro diretor do jornal Zero Hora. Autor, entre outras obras, de A Cozinha Gaúcha na História do Rio Grande (1981) e Folclore do Rio Grande do Sul (1984).

Caio Prado Júnior (1907-1990)
Historiador, formou, ao lado de Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre, a corrente renovadora dos estudos sobre a sociedade brasileira a partir dos anos 1930. Fundou a Editora Brasiliense em 1943, mesmo ano em que publicou Formação do Brasil Contemporâneo.

José Gervásio Artigas (1764-1850)
Político e militar uruguaio, participou dos conflitos de resistência contra a dominação luso-brasileira da Província Cisplatina (atual Uruguai). Derrotado na Batalha de Tacuarembó, em 1820, exilou-se no Paraguai e não retornou ao seu país.


Guerra contra Oribe e Rosas
Em 1851, Manuel Oribe, militar e político uruguaio, com o apoio de Juan Manuel Ortiz Rosas, ditador argentino, bloqueou o porto de Montevidéu, prejudicando os interesses comerciais do Brasil, da Inglaterra e da França na região do Prata. Lideradas pelo futuro duque de Caxias, tropas brasileiras invadiram os territórios do Uruguai e da Argentina, vencendo a guerra em 1852.

Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938)
Formado em Direito, foi um dos fundadores do Partido Republicano do Rio Grande do Sul. Participou ativamente da política brasileira, sendo um dos líderes da campanha presidencial de 1930, apoiando Getulio Vargas e João Pessoa.

Júlio Prates de Castilhos (1860-1903)
Presidente do Rio Grande do Sul entre1891 e 1893, exerceu forte influência na política local. Afinado com as idéias positivistas de Augusto Comte, escreveu a Constituição do estado (1891).

Obras da autora:

Vida política no século 19. Da descolonização ao movimento republicano. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1991.

Coletânea de Discursos Parlamentares da Assembléia Legislativa da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul: Assembléia Legislativa, 1998. (org.)

Décio Freiras; Helga Piccolo e Sandra Pesavento. A Revolução Farroupilha: História e Interpretação. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1985.

Helga Piccolo e Maria Medianeira Padoin (dir.). Império. Passo Fundo: Méritos, 2006. Vol. II. (Coleção História Geral do Rio Grande do Sul).

Revista de História da Biblioteca Nacional

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